segunda-feira, 17 de setembro de 2012












    SOBRE O AUTISMO

                    De maneira geral, as desordens de espectro autismo, que englobam uma grande variedade de comportamentos e problemas sob o ponto de vista clínico, podem ser divididas em dois “tipos” de autismo. Obviamente, essa divisão é artificial e abarca em si outras muitas pequenas variações.
  
                   1) Síndrome de Asperger. Descrita pela primeira vez pelo pediatra austríaco Hans Asperger (1906-1980), é considerada uma forma de autismo mais branda. Seus portadores apresentam os três sintomas básicos ( dificuldade de interação social, de comunicação e comportamentos repetitivos), mas suas capacidades cognitivas e de linguagem são relativamente preservadas. Na verdade, alguns até mesmo apresentam níveis de QI acima da média, motivo pelo qual a criança portadora da síndrome de Asperger é comumente representada como um pequeno gênio que descobre códigos e resolve enigmas. Entretanto, a síndrome de Asperger engloba aproximadamente 20-30% dos portadores de desordens do espectro autista.
          2) Autismo “clássico”. É o tipo descrito pelo médico austríaco erradicado nos Estados Unidos  Léo Kanner (1894-1981). Kanner foi o primeiro a utilizar a nomenclatura “autismo infantil precoce”, em um relatório de 1943, no qual (ele) descrevia 11 crianças com comportamento muito semelhantes.Durante muito tempo, o autismo era considerado uma doença psiquiátrica e os portadores eram internados em manicômios. É importante que o diagnóstico seja feito nos primeiros anos de vida. Com tratamento adequado, a criança pode ter progressos na área da linguagem, da comunicação e da socialização e muitos conseguem ser independentes na idade adulta.


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