SOBRE O AUTISMO
De maneira geral, as desordens de
espectro autismo, que englobam uma grande variedade de comportamentos e
problemas sob o ponto de vista clínico, podem ser divididas em dois “tipos” de
autismo. Obviamente, essa divisão é artificial e abarca em si outras muitas
pequenas variações.
1) Síndrome de Asperger. Descrita
pela primeira vez pelo pediatra austríaco Hans Asperger (1906-1980), é
considerada uma forma de autismo mais branda. Seus portadores apresentam os
três sintomas básicos ( dificuldade de interação social, de comunicação e
comportamentos repetitivos), mas suas capacidades cognitivas e de linguagem são
relativamente preservadas. Na verdade, alguns até mesmo apresentam níveis de QI
acima da média, motivo pelo qual a criança portadora da síndrome de Asperger é
comumente representada como um pequeno gênio que descobre códigos e resolve
enigmas. Entretanto, a síndrome de Asperger engloba aproximadamente 20-30% dos
portadores de desordens do espectro autista.
2) Autismo
“clássico”. É o tipo descrito pelo médico austríaco erradicado nos Estados
Unidos Léo Kanner (1894-1981).
Kanner foi o primeiro a utilizar a nomenclatura “autismo infantil
precoce”, em um relatório de 1943, no qual (ele) descrevia 11 crianças com
comportamento muito semelhantes.Durante muito tempo, o autismo era considerado uma doença
psiquiátrica e os portadores eram internados em manicômios. É importante
que o diagnóstico seja feito nos primeiros anos de vida. Com tratamento
adequado, a criança pode ter progressos na área da linguagem, da
comunicação e da socialização e muitos conseguem ser independentes na
idade adulta.
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